O amém, na Santa Missa, não é dito
assim que termina o Pai-Nosso porque suas petições continuam em
sequência. O pedido final do Pai Nosso, "mas livrai-nos do mal", se
estende numa ardente súplica pela libertação do mal e pela paz:
"Livrai-nos de todos os males, ó
Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia,
sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos,
enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda de Cristo Salvador.
Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: “Eu vos deixo em
paz, eu vos dou a minha paz”. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que
anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade.
Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo".
Neste momento toda a Igreja proclama: AMÉM!
Os primeiros relatos da oração
do Senhor advêm do século IV. A introdução do Pai-Nosso na liturgia vem
por motivos de preparação para a sagrada comunhão. Em muitas outras
liturgias, principalmente nas do oriente como também em algumas
liturgias do ocidente, não romanas, o Pai-Nosso era rezado depois da
fração da hóstia. A forma tal qual a conhecemos, ou seja, sua recitação
após a oração eucarística remonta ao papa São Gregório Magno
(Pontificado 590 – 604). Para ele, a oração do Pai–Nosso na sua primeira
parte era a síntese das principais partes do cânon.
O Pai-Nosso é tido com estreita
ligação com a comunhão. Alguns Papas, bem como alguns Padres da Igreja e
alguns santos, relacionaram o pedido acerca do “pão nosso” ao pedido da
eucaristia. Pois o próprio Senhor, que está realmente presente na
eucaristia, se intitulou o pão do céu. Vale dizer também que a recitação
do Pai-Nosso acompanha toda a vida da Igreja, mesmo quando não celebra
alguma ação litúrgica. Como por exemplo, na Igreja primitiva em que a
eucaristia era tomada na casa dos fieis ou então a sua distribuição aos
enfermos. Logo, percebemos que antes do Pai-Nosso ter sua ligação com a
missa propriamente dita, tem sua ligação com a distribuição da
eucaristia como preparação para a mesma.
A recitação do Pai-Nosso é um
ato de ousadia (audemus – ousamos). Afinal, o ser humano que é pó e ao
pó há de retornar dirige-se ao criador como sendo seu filho. É
edificante notar que na Igreja primitiva a oração do Pai-Nosso era dita
apenas pelos batizados. Contudo, o que nos leva a ousar chamar a Deus de
Pai é o próprio mandato de Cristo Senhor “Quando orardes, dizei:” (Lc
11,2).
Matéria disponível em: Curiosidades Católicas.
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